Quem me conhece sabe que não sou muito de medir as palavras. É minha característica, sou assim: direta e objetiva. Sempre preferi falar a me omitir. Mesmo que, para isso, precisasse me explicar depois. Mas isso também muda.
- O arrependimento vem.
Vontade de desdizer é uma coisa nova para mim.
Tem uma frase que traduz a verdade n° 1 que quero trazer à este post: "É, porque a questão nunca é o que a gente conta, mas a forma de contar, às vezes, qualquer deslize, e pronto, botamos tudo a perder."
(Toda terça, Carola Saavedra, p. 15, Ed. Companhia das Letras)
Quer dizer, errr, não foi bem isso que disse, deixe eu me explicar melhor, etc.
Pode acontecer com qualquer um. Comigo acontece sempre que falo sem pensar. Já perdi a conta do número de vezes que tive que me explicar e confesso que já não tenho mais tanta paciência. Estou tentando errar menos.
Tenho para mim, que além da responsabilidade de quem comunica, tem também um pouco da interpretação de quem ouve. Estou certa?
Porque parece que, às vezes, mesmo com o maior cuidado do mundo, tem gente que faz questão de entender errado.
Vamos a outra frase que traduz a verdade n° 2: "E pelo amor de Deus, veja nas minhas palavras mais do que as minhas palavras.”
(Carta de Clarice Lispector para Elisa Lispector – Nápoles, 18/12/44. Extraído de: Minhas queridas – Clarice Lispector, org. Teresa Montero, Ed. Rocco, p. 65)
Por isso, antes de me arrepender de algo que disse, darei mais um tempinho para você, ouvinte e leitor, tentar me compreender melhor.
- Mas desdizer, jamais.
Frases extraídas do perfil de minha amiga Fernanda Santiago, blog: http://fernandartista.blogspot.com
2 comentários:
O ser humano é assim, confuso, introspectivo. Também tenho esse defeito e às vezes acho que as pessoas tem dificuldades, ou melhor, facilidade para entender errado o que eu falo, mas fazer o que?
Gostei do seu blog, parabéns!
Obrigada pela visita e pelo comentário!
Vou conhecer seu blog também!
;)
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